FLORES DO MAR, ALGAS DA ALMA QUE HABITO
Por vezes, mergulho até ao fundo do mar…
Naqueles confins… a pele respira-se nas raras belezas,
Um azul que não há similar…
Há ondas de planetas a girar…
A girar na mais bela baía,
O coração de quem ama,
A alma de quem declama
A mais viva baleia, doce sericaia…
Que trago no olhar…
Breves olhos, doces, o flamejar
No sal das águas, profundas purezas…
Pérolas do céu entreaberto ao fundo do mar…
Que vivo com toda a certeza…
O sol está a nascer e os peixes não vão morrer…
Sonhar eterno, que me deixa perplexa no infinito,
Ser do meu ser que ama e respira o crescer…
Crescer de um novo dia, uma era, um século,
Reminiscência, antepassados e vida ao presente, elo
Que beijo na suave melodia que ecoa do granito
Flores do mar, algas da alma que habito.
© RÓ MAR