O terraço do outono tem portões
Alados, mundo que espreita beleza;
Nuvens singelas que pelo céu beijam
Acrescem ao mar uma outra natureza,
Passeiam-se pelos espelhos a pasmar!
A vida, uma longevidade inigualável;
Árvores sombreiam passerelles de oceanos
E pelas pregas salgadas de tantas ondas
Pisam o céu, (o mar) o azul inatingível,
Irrigam-se as almas de todo o universo!
Tais enseadas, vistas largas de humanos
Que dignificam a vida, flutuando
Real e concreto atingem o espaço não pensado;
A Imaginação aos meandros da estação
Germina ventilações que arejam corações!
O terraço do outono tem uno vento,
Galáxias onde abundam tantas vidas;
Fisiologias mescladas de tons terra e pigmentadas
A azul celeste desenhando orbitas sem conto,
Tais as causas da poesia que verso!
O terraço do outono é azul (a) mar!
© RÓ MAR