2015/12/22

FLORES DO MAR, ALGAS DA ALMA QUE HABITO


Claude_Monet--Water_Lilies_1916


FLORES DO MAR, ALGAS DA ALMA QUE HABITO


Por vezes, mergulho até ao fundo do mar…
Naqueles confins… a pele respira-se nas raras belezas,
Um azul que não há similar…
Há ondas de planetas a girar…

A girar na mais bela baía,
O coração de quem ama,
A alma de quem declama
A mais viva baleia, doce sericaia…

Que trago no olhar…
Breves olhos, doces, o flamejar
No sal das águas, profundas purezas…
Pérolas do céu entreaberto ao fundo do mar…

Que vivo com toda a certeza…
O sol está a nascer e os peixes não vão morrer…
Sonhar eterno, que me deixa perplexa no infinito,
Ser do meu ser que ama e respira o crescer…

Crescer de um novo dia, uma era, um século,
Reminiscência, antepassados e vida ao presente, elo
Que beijo na suave melodia que ecoa do granito
Flores do mar, algas da alma que habito.

© RÓ MAR

2015/12/18

O ECO DO MEU SILÊNCIO




O ECO DO MEU SILÊNCIO


No vento da natureza navego a alma pelo azul mar
E respiro ar puro na árvore por inventar…
Perene verde que esmeralda o céu ao infinito,
Lua cheia, o azul topázio que espelha as águas do mar.

No silêncio ao vento reencontro a vera alma, fonte do pensamento
Que nasce virgem, luminosa… A ‘rosa’ harmoniosa e fermosa
Que é voz, o eco do (a) mar, o natural encanto,
Oásis grato à vida, mor ‘Flor Bela’, a natureza preciosa.

Quanto a venero e amo, ostra do mar, pérola ao meu olhar!
No deambular voo ao azul desenhando a perene flor,
A lua e as estrelas… infinito mar d’ alma pelo céu ao luar.

Ó fonte cobiçada, o eco do meu silêncio, a pura essência!
Bela ‘dama’, alma nobre que floresce a vida em círculos de amor,
A labareda utópica em pleno e genuíno estado, a cândida poesia.

© RÓ MAR


2015/12/14

A TUA AUSÊNCIA...




A TUA AUSÊNCIA...


A tua ausência... rosa ébria e seca ao luar
Que se inebria na pena leve e suave
D’ um doce cantar a sereia do mar.

Voa nos rios sinuosa e brilhante
Como uma lágrima que quer navegar
Até ao enredo dos teus olhos e lá ficar.

Nas ondas do teu fino cabelo nasce a clave
Que dá brilho à singela pena que ao escrevinhar
Vive a saudade do beijo mergulhado no mar.

São traços a azuis que se elevam
À superfície e elegem o recordar
D’um secular olhar, o que deveras vale a pena amar.

A tua ausência… vogal e consoante,
Fonemas que se inebriam na pena leve e suave
Em metáforas de ritmo, áspera rosa sonante.

Esvaísse o pensamento nas almas do coração
E tudo fica um vazio, uma metade errante
Que se quer achar pelo vento que teima e parte.

Não seja por isso, sou um todo, olha a poesia
Invés, poucas palavras na letra distante…
O mundo, um poço de abismo e também utopia.

A tua ausência… a margem branca que se veste
Na lágrima que se inebria na pena leve e suave
E cintila a harmonia de corpo celeste.

© RÓ MAR